quinta-feira, 19 de maio de 2011

A situação atual do São Francisco



A exploração dos recursos hídricos, minerais, vegetais e humanos de toda a bacia do Rio São Francisco ao longo de 511 anos causaram imensos danos, alguns irreparáveis, a toda a região do Vale do São Francisco. Assoreamento, desmatamento, erosão e poluição são problemas enfrentados pela população do vale há anos, e o tipo de impacto ambiental está interligado à atividade econômica desenvolvida em cada região.

No Alto São Francisco, a concentração demográfica, as atividades econômicas do quadrilátero ferrífero e as indústrias de transformação da Grande Belo Horizonte são as principais causas da degradação ambiental da região. Acrescenta-se também, o garimpo de diamantes que altera o leito do rio com grandes dragas, lançando depois o material retirado em suas margens que retornam ao rio quando chovem.

No Médio e Sub-Médio, a principal fonte de poluição é o agronegócio, que é implantado sem preocupar-se com a preservação dos recursos hídricos, pois estes se preocupam apenas com o lucro. Os projetos de irrigação e a agricultura provocam não o desmatamento da mata ciliar e, conseqüentemente, carrega sedimentos para o leito do Rio. Acrescenta-se também que o uso dos agrotóxicos contaminam as águas do São Francisco, pois no período chuvoso a água leva consigo o solo e também tudo que está nele.

O rio sofre também com a contaminação de suas águas com o esgoto que é jogado sem nenhum tratamento. Adiciona ainda, a construção de hidrelétricas ao longo do rio, que é um grave problema. Além das transformações significativas que obras como barragens e usinas provocam nas áreas onde são instaladas, com reflexos diretos na vegetação e vida animal, o regime das águas também é afetado. No Baixo São Francisco, uma preocupação de cientistas e ambientalistas é a regularização do fluxo de água, prejudicado e tem se tornado irregular com todas as mudanças feitas no percurso e pelo uso excessivo do recurso.

As sucessivas barragens feitas ao longo do rio provocam um processo quase irreversível de assoreamento, pois diminuem a correnteza natural, formam bancos de areia e transformam os drenos naturais de água em áreas pantanosas. Além disso, a regularização dessas usinas tem provocado efeitos também na atividade pesqueira e na cultura do arroz feitas pela população da área. A extinção de lagoas e várzeas naturais onde ocorria a reprodução e captura dos peixes, e onde tradicionalmente se fazia a plantação do arroz, ameaça a sobrevivência de espécies naturais e da própria população local.

Os defensores das usinas explicam que ela ajuda a regular a vazão da água, no entanto, o homem não pode intervir no que é natural do rio, se antes existiam grandes inundações é porque o homem invadiu uma área pertencente ao rio, mudar isso é mudar toda a dinâmica fluvial. Destaca-se que Rio São Francisco como outros no país, vem sofrendo com a degradação e isso é culpa não essencialmente do homem, (é também) mas uma conseqüência natural do sistema atual vigente que se preocupa apenas com o lucro, o capital, fala tanto em desenvolvimento sustentável, mas nada faz para garantir a sustentabilidade.

4 comentários:

  1. Nossa esse site me ajudou muito , obg para quem fez esse site !
    Ganhei total no meu trabalho de geografia q falava sobre o rio São Francisco !

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  2. adorei este site ele me ajudou muito pois é rico em informações obg e parabéns para quem o fez

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