segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ex-deputado de Pernambuco "justifica" o novo código florestal


Mais uma prova do descaso dos políticos para com o meio ambiente e uma demonstração de que os mesmos não estão preocupados com as pessoas mas somente, com o capital. O ex-debutado de Pernambuco Geraldo Coelho divulgou uma nota a qual ele tenta justificar o Novo Código Florestal. veja a nota abaixo:

“O Nordeste era batizado como bolsão de pobreza e hoje o Rio São Francisco tem contribuído e muito para geração de emprego, renda e o crescimento do PIB.

A vazão do São Francisco variava de 600 a 16.000 metros cúbicos por segundo. Hoje o controle da vazão em razão da construção de barragens sucessivas é de 2.000 metros cúbicos por segundo. Não mais existem enchentes devastadoras. A margem do Rio não é alterada, portanto, estável a calha do Rio.

Na zona rural, muita irrigação gerando milhões de dólares na exportação de frutas para a Europa, Estados Unidos, e Japão. Na zona urbana, muitos investimentos imobiliários, principalmente próximo à margem do Rio, com a visão magnífica de beleza do Rio-Mar como se fosse Copacabana.

Assim, não se justifica preservar a mata ciliar com 500 metros. Precisa ser reduzida para no máximo 100 metros. Isto não acontecendo, será uma agressão ao desenvolvimento sustentável, pois irá prejudicar e muito o empreendedorismo causando muita miséria com a redução de emprego e renda.

O Rio São Francisco é a sustentabilidade do semiárido”.

Geraldo Coelho, Engenheiro Civil com mandato político por 35 anos.


Caros leitores, vemos até pela justificativa apresentada que o Novo Código Florestal que o mesmo não tem nenhum motivo sustentável. Ele diz que graças às barragens não existem mais inundações, mas antes existia, por que o homem ocupou uma área que era própria do rio na época das cheias. Não havendo a vazão que tinha antigamente, faz com que o Rio São Francisco fique cada vez mais raso devido ao seu assoreamento.

As barragens permitiram também, a efetivação do agronegócio, modelo este que visa somente o lucro e o capital, e se desenvolve com o discurso de geração de emprego. Destaca-se que esses empregos são de caráter explorador não só pela carga horária muito grande, mas também pela pequena participação dos lucros.

Então, o Novo Código Florestal visa contribuir apenas para os ruralistas que visam somente o capital e não se importam com a natureza ou com as condições dos trabalhadores, não existe desenvolvimento sustentável num sistema tão contraditório.

Nenhum comentário:

Postar um comentário