segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dois lados da mesma moeda: ofensiva dos latifundiários contra os sem-terra

Ao mesmo tempo em que o Código Florestal é aprovado, os latifundiários aumentam a repressão contra os sem-terra

da página do PCO


No dia 24 de maio, terça feira, os latifundiários aprovaram o texto base do Código Florestal no Congresso Nacional. No mesmo dia, um casal de camponeses do Pará foi assassinado a mando dos latifundiários da região. Maria do Espírito Santo da Silva e José Cláudio Ribeiro da Silva, líderes do Projeto de Assentamento Agroextrativista (Paex), estavam há anos denunciando os crimes ambientais e lutando por reforma agrária na região sudoeste do estado do Pará, em particular na cidade de nova Ipixuna.

Três dias depois, no dia 27, um dos sobreviventes do massacre de Corumbiara, Adelino Ramos, líder MCC, Movimento Camponês de Corumbiara, foi assassinado a tiros em Vista Alegre do Abuna, distrito de Porto Velho.

No dia 29 de maio, mais um camponês de Nova Ipixuna foi morto. Ele era uma das testemunhas do assassinato do casal Maria do Espírito Santo da Silva e José Cláudio Ribeiro da Silva e também participava do Paex (Projeto de Assentamento Agroextrativista).

O fato destes acontecimentos ocorrerem em um espaço de tempo menor do que cinco dias não é mera coincidência.

A aprovação do Código Florestal marcou uma ofensiva dos latifundiários para fazer com que seus interesses prevalecessem. A mobilização para a aprovação do texto base movimentou diversos partidos burgueses e órgãos da imprensa capitalista. O próprio “caso Palocci” foi usado como arma para fazer o governo recuar de algumas divergências com o novo Código.

A ofensiva no campo é o outro lado desta política. Ao mesmo tempo em que eliminava a oposição ao novo Código Florestal no Congresso, os latifundiários também eliminavam a oposição de sua política entre os camponeses.

Neste sentido, a capitulação do PT diante das reivindicações dos latifundiários e a direita que atuou como representante direto deste setor revelaram que possuem uma política criminosa para o campo.

O fortalecimento dos latifúndiarios leva inevitavelmente ao aumento da repressão contra os sem-terra.

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