terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Enquanto isso, um político qualquer...


Tremor de terra no município de Petrolina-PE é registrado por estações sismológicas

Após o tremor de terra ocorrido no último final de semana em vários lugares do município de Petrolina-PE, Dormentes-PE e Afrânio-PE, várias moradores da região ficaram preocupadas com a ocorrência de outros tremores e mais fortes.
 O evento foi registrado por diversas estações operadas pela UFRN. A hora de origem foi 15:48 UTC (12:48, hora local). A magnitude foi determinada em 3.1. Exemplos de registros pelas estações de Sanharó-PE (PCSA - Rede INCT) e Cabaceiras do Paraguaçu-BA (NBCP - Rede RSISNE) encontram-se abaixo:
Regitro  do tremor na estação PCSA, Sanharó-PE
 Registro do tremor na estação NBCP, Cabaceiras do Paraguaçu-BA

Os especialistas reconhecem que abalos sísmicos nessa área do Nordeste não são comuns, pois a região está no meio de uma placa tectônica e esses tipos de tremores ocorrem mais intensamente nos limites entre essas placas. No entanto, como é o caso de Caruaru-PE existem fissuras rochosas a qual chamamos de falhas tectônicas e elas podem causar tremores de até 5 na escala Richter.

Não sabemos se este é o caso da região, porém seria de suma importância uma análise geológica na região, o que possibilitaria um melhor entendimento sobre o tremor de terra ocorrido no sertão pernambucano e consequentemente permitiria uma análise da frequência que um evento como esse poderia acontecer na região. No entanto sabemos que é improvável um terremoto de grande proporção na região, por isso não há motivos para pânico.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Possivel tremor de terra no município de Petrolina-PE


Possível tremor de terra foi sentido no sertão em algumas comunidades da cidade Petrolina-PE, não se sabe ainda se pode ter sido um abalo sísmico, o fato é que moradores da região ouviram um estrondo e a terra tremer. Alguns relataram sentir as mesas tremerem e as chaves da casa balançarem, alguns imaginavam que poderiam ser ocasionados por dinamites utilizadas para quebrarem pedras, no entanto, o tremor foi sentido em comunidades que ficam a 50 km de distância de outros locais que também foram sentidos, o que descarta a hipótese.
Ainda não foi notificado nenhum outro evento parecido na região, fazendo com que algumas pessoas da população local colocaram isso como “sinal do fim do mundo”. Talvez nunca se chegue a conclusão sobre esse evento ser ou não um tremor de terra, pois foi sentido apenas pela população local e não foi notificada por aqueles que estudam os abalos sísmicos no país o fato é que a ideia propagada por muito tempo de um Brasil essencialmente estável, livre da ocorrência de terremotos foi descartada a algum tempo. A sismicidade brasileira é relativamente fraca em comparação com outras regiões, mas é significativa porque aqui já ocorreram vários tremores com magnitude acima de 5,0 indicando que o risco sísmico em nosso país não pode ser simplesmente ignorado.

Por que são poucos e normalmente pequenos os  tremores de terra no Brasil

A teoria da Tectônica de Placas ensina que as regiões onde acontecem mais terremotos correspondem as bordas ou limites das placas e, no interior das mesmas, a sismicidade é relativamente mais branda, porque o acúmulo de esforços, que acaba produzindo o terremoto ocorre de forma mais lenta. Neste contexto, o Brasil teve a “sorte” de situar-se praticamente no interior da Placa Sul-Americana, distante de seus bordes leste e oeste, respectivamente representados pela Cadeia Meso-Atlântica e a zona de subducção da faixa andina.
Comparativamente, o Acre é o estado que apresenta o maior nível de atividade, tanto em número quanto no tamanho dos sismos, mas sua origem é distinta da sismicidade do restante do país. Para explicar este fato é preciso considerar que, o movimento relativo entre a Placa de Nazca, que mergulha por debaixo da Placa Sul-Americana, produz constantes terremotos cujos focos vão se aprofundando da costa do Pacífico, em direção ao interior do continente (veja o texto sobre Tectônica de Placas). Na área correspondente ao limite entre o Perú e o estado do Acre, os terremotos acontecem a grandes profundidades e, mesmo os de maiores magnitudes, têm seus efeitos na  superfície do terreno.
A grande parte dos sismos brasileiros é de pequena magnitude (   4.5). Comumente eles ocorrem a baixa profundidade (   30 km) e, por isso, são sentidos até poucos quilômetros do epicentro. Este é, quase sempre, o padrão de sismicidade esperado para regiões de interior de placas. No entanto, a história tem mostrado que, mesmo nestas “regiões tranquilas”, podem acontecer grandes terremotos. O leste dos Estados Unidos, com nível de atividade sísmica equivalente a do Brasil, foi surpreendido, no século passado, pela ocorrência de super-terremotos  com magnitudes em torno de 8.0.
É preciso investigar regiões intra-placas com maior detalhe em nível global. Pouco se sabe, ainda, sobre o estado de esforços nestas áreas. Considerando que nelas, são mais longos os períodos de recorrência de grandes terremotos, as regiões intra-placas se tornam, também, áreas potencialmente perigosas para sismos catastróficos.