terça-feira, 25 de outubro de 2011

O SUS e a precariedade do atendimento à saúde no país


Hoje, dia 25, médicos  de vários estados do país resolveram manifestar-se contra a precariedade da saúde no país, como afirma o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, ele diz que a paralisação dos médicos que prestam atendimento pelo SUS nesta terça-feira (25) é apenas uma das ações dentro de uma “mobilização nacional” da categoria para que a população perceba os problemas do sistema de saúde público do país.
 
Segundo ele, todos os atendimentos de emergência e urgência serão realizados.

A paralisação foi aderida pelos médicos de cerca de 20 estados. Nos demais, haverá manifestações. Os estados que aderiram são: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.

Em outros dois estados a paralisação será pontual: em Santa Catarina, deve ocorrer durante a tarde e durar cerca de uma hora; em São Paulo, deverá ocorrer apenas em algumas unidades, diz a Fenam. Nos outros estados e no Distrito Federal foram programadas manifestações públicas em protesto contra a precariedade da rede pública.

Em Mato Grosso, a Fenam divulgou que haverá paralisação, mas as entidades que representam a categoria no estado negaram a informação. Os médicos pedem um piso salarial de R$ 9.188,22 para uma jornada de 20 horas semanais de trabalho, além de melhores nos recursos humanos e materiais nos hospitais e postos de saúde.

Sobre o fato de Paraná e Mato Grosso do Sul não terem aderido à paralisação, Carvalhaes informou que a decisão sobre a forma de integrar a mobilização foi tomada separadamente pelos médicos de cada estado e que, em ambos, a categoria está unida e optou por fazer manifestações em locais fechados.
(o texto acima é baseado no site da G1)

É válido toda e qualquer manifestação em prol da melhoria da saúde no país, no entanto devemos apenas fazer uma correção, o presidente da FENAM disse que isso tem como objetivo mostrar a população o problema da saúde pública no país. No entanto, ninguém mais que a população brasileira sabe mais como é precária a assistência à saúde no Brasil.

Eu trabalho como agente de saúde, e o que mais ouço são reclamações com o SUS, no entanto o problema não está no sistema único de Saúde, mas sim no modo que nossos governantes administram. Em todos os hospitais públicos do país o atendimento é precário , falta médicos, materiais nos hospitais e postos de saúdes, remédio para a população além da demora para marcação de exames e consultas.

São poucos os médicos que querem trabalhar no SUS, pois de acordo com que ele ganham em seus escritórios particulares o salário pago pelos serviços do SUS torna-se muito pouco, assim preferem trabalhar em suas clínicas do que ser funcionários do governo.

Muitos médicos acabam também não atendendo a população como deveria, e em todo país ouvimos casos de negligência médica, o fato é que o SUS, com seus princípios de equidade, integralidade, universalidade, participação da comunidade, descentralização politico-administrativa e regionalização é muito bonita no papel porém na prática nada disso acontece e assim a população que mais usa o SUS é a que mais sofre com essa precariedade. O fato é como ouvi uma vez: “O SUS não funciona em nosso país, porque tem princípios socialistas em um país capitalista”. Isso só mudará quando nossos governantes não pensarem mais somente no econômico, mas sim no social..

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