domingo, 5 de junho de 2011

A barbárie do terrorismo de Estado norte-americano

da página do PCO


Após quase 66 anos dos bombardeios do imperialismo contras as cidades de Hiroxima e Nagazaki, a população norte-americana poderá conhecer um pouco mais da monstruosidade cometida contra estas duas cidades nos dias seis e nove de agosto de 1945, respectivamente. A exposição que conta com fotos inéditas da devastação completa das duas cidades ocorre no Centro Internacional de Fotografia, em Nova Iorque.

Muitas das fotografias da exposição mostram o ponto da superfície terrestre diretamente abaixo da explosão (Ground Zero), momentos após o lançamento das bombas atômicas. A destruição foi registrada por alguns fotógrafos que estavam entre os mais 1.150 militares e civis que tiveram que sair da área afetada por ordem do então presidente dos Estados Unidos, Harry Truman.

Diversas fotos ficaram proibidas de serem exibidas ao público, uma vez que foram classificadas como ultrassecretas pelo governo dos Estados Unidos. Isto foi reforçado pela política de censura imposta pela ocupação militar ao Japão.

O resultado desta política de encobrir um dos maiores, se não o maior crime de guerra praticado pelo imperialismo teve como resultado o seguinte fato: durante anos as imagens disponíveis não retravam a população morta. Os principais registros eram do momento da explosão que causou um enorme clarão e uma enorme nuvem em formato de cogumelo.

Além desta foto do momento da explosão, a maioria das pessoas conhecia apenas registros de paisagens destruídas. Embora muitas medidas de censura não existam oficialmente, a burguesia ainda hoje procura não revelar os verdadeiros efeitos da destruição.

Uma série de fatores fez com que o Japão fosse o país escolhido para que os Estados Unidos lançassem a primeira bomba atômica para fins militares da história. No final da guerra, Itália e Alemanha já tinham sido derrotadas pelos Aliados e os efeitos de uma bomba deste porte na Europa levantaria o proletariado europeu de forma revolucionária, abrindo caminho para a revolução socialista.

O fato do Japão ser um país economicamente menos importante naquele momento e ser uma ilha contaram para a decisão do imperialismo. Por ser uma ilha, a radiação não se espalharia para outros países, evitando uma crise revolucionária de maiores proporções.

Decidido o ataque, o imperialismo norte-americano propositalmente não ofereceu resistência ao ataque de Pearl Harbor, em sete de dezembro de 1941, conduzido pela Marinha Imperial Japonesa. O ataque foi o pretexto usado para lançar as bombas atômicas, apelidadas de Little Boy e Fat Man.

Em Hiroxima, no dia 6 de agosto de 1945, foram mortas de uma só vez 140 mil pessoas. Além das pessoas, tudo que estava na área foi incinerado, animais, casas, prédios etc. A contabilidade das mortes nos anos seguintes registra algo em torno de 250 mil vítimas da bomba.

O epicentro da explosão chegou a atingir um milhão de graus centígrados e teve um impacto em uma área de 280 metros de diâmetro. Os efeitos da bomba chocaram todo o mundo. As vítimas tiveram seus órgãos derretidos e seus ossos foram transformados em carvão. Há mais de dois quilômetros do epicentro da explosão pessoas tiveram suas peles queimadas.

Em Nagazaki, três dias depois, nove de agosto, foi detonada a segunda bomba. Desta vez o número de mortos chegou a 75 mil.

Os efeitos das bombas atômicas nas cidades de Hiroxima e Nagazaki foram sentidos por diversas gerações de japoneses. Após a explosão os recém nascidos apresentaram alterações genéticas. Os índices de casos como leucemia, microcefalia e câncer de diversos tipos aumentaram exponencialmente. Até hoje, se pode ver pessoas que nascem com alguma deficiência causada pela bomba lançada durante a Segunda Guerra.

Hiroxima e Nagazaki não tinham qualquer importância militar, o que revela o caráter destrutivo e assassino do imperialismo.

O ataque foi apenas uma demonstração de forças para intimidar, em primeiro lugar, a classe operária mundial e, em segundo lugar, a burocracia stalinista que governava a União Soviética.

A tentativa de esconder um dos seus maiores crimes está ligada a possibilidade real de o imperialismo ter que utilizar o mesmo artifício da bomba atômica nos dias de hoje. Principalmente em um momento em que a crise capitalista se desenvolve com grande intensidade e desestabiliza tanto os regimes pró-imperialistas em países coloniais e semi-coloniais como o próprio regime político norte-americano. Nesta conjuntura de enfraquecimento da dominação imperialista em diversas partes do globo, a ofensiva militar do governo dos Estados Unidos vem se intensificando. Isto pode ser visto no recente caso da operação fascista organizada pelas Forças Armadas para invadir o Paquistão e executar Osama bin Laden à sangue frio.

O efeito de um ataque militar com uma bomba atômica seria, inevitavelmente, o de despertar uma enorme tendência revolucionária em toda classe operária mundial. Neste sentido, a exposição dos horrores causados pelo ataque ao Japão na Segunda Guerra Mundial também tendem a despertar, em escala muito inferior, a mesma tendência na juventude e nos trabalhadores.

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