sábado, 18 de junho de 2011

Abaixo a ditadura

Da página do PCO

Os direitos democráticos da população estão sendo atacados profundamente pelos setores mais reacionários da direita que buscam aprofundar a ditadura que existe no país contra a classe operária e a população em geral

Estes setores controlam o Judiciário e a maioria dos poderes Executivos e Legislativos e servem aos interesses dos grandes monopólios capitalistas e da oligarquia rural. 
Mas não é apenas a direita que vem atacando os trabalhadores. O governo do PT, que procura se apresentar como de esquerda, adota as mesmas políticas ditatoriais. O governo petista nada mais é que uma boa fachada de esquerda para políticos de direita. Boa parte deles, remanescentes da ditadura militar como José Sarney.
Esta situação ocorre no Brasil em um momento em que a crise mundial do capitalismo impõe um ataque, sem precedentes, em todo o mundo, contra os direitos elementares da população do ponto de vista econômico, social e político.  
No Brasil, por exemplo, já se pode começar a ver os trabalhadores lutando contra esta situação. Nos últimos meses o número de greves cresceu consideravelmente. A repressão é uma tentativa da burguesia, do governo Dilma Rousseff e da direita de por um limite a este movimento de luta que, inevitavelmente, irá enfrentar o regime político burguês. 
Abaixo temos um resumo dos principais ataques contra a população ocorridos no último período.
Repressão a greve dos bombeiros e cassação do direito de greve
O governo Sérgio Cabral, aliado do PT, reprimiu brutalmente a luta dos bombeiros do Rio por melhores salários. No dia 3 de junho, quase 500 bombeiros, acompanhados de suas mulheres e filhos, ocuparam o quartel central da corporação, localizado no centro do Rio.
A resposta do governo Cabral foi mandar o Bope e a polícia desocuparem com extrema violência o local. Até mesmo tiros de fuzil foram efetuados contra os ocupantes. Vários manifestantes ficaram feridos e uma mulher sofreu um aborto por causa da ação.
Em seguida, o governo manteve preso por quase uma semana 439 bombeiros. Agora, todos eles serão julgados por um tribunal militar e podem até ser presos.  
Em São Paulo, juízes decretaram que as greves da CPTM e do metro eram ilegais. Um deles chegou a dizer que a greve só poderia acontecer se 100% da categoria estivessem trabalhando. Uma afronta contra um dos principais direitos dos trabalhadores.
Trata-se de uma política para cassar o direito de greve dos trabalhadores. 
Proibição e repressão a manifestações e greves
Em mais de uma oportunidade o Tribunal de Justiça de São Paulo tentou tornar passeatas como a “Marcha da Maconha” e a “Marcha da Liberdade” ilegais, proibindo que elas acontecessem, uma clara violação inclusive da Constituição nacional. 
Manifestações semelhantes foram proibidas em diversas cidades do País, da mesma forma que foram reprimidas atos contra o racismo no dia 13 de maio; passeatas de trabalhadores e estudantes estão sendo proibidas em diversas capitais e cidades do País.
A arbitrariedade chegou a tal nível que o comando da PM paulista chegou a anunciar que iria “proibir qualquer referência a maconha e outras drogas na Marcha da Liberdade”, ou seja, falar já passaria a constituir “um crime” passível de repressão pela ação policial. 
Assassinatos, prisões e torturas
Enquanto a direita reprime manifestações populares e ataca a liberdade de expressão, organização e manifestação o massacre no campo continua.
Em menos de um mês já foram assassinados cinco camponeses somente no estado do Pará por ordem dos latifundiários e madeireiros. 
Em todo o País, enquanto os assassinos e seus mandantes seguem impunes, centenas de lideranças dos sem terras e camponeses pobres seguem presos, torturados, ameaçados de morte e sofrendo perseguições de todo o tipo. O meso acontece na cidade com dirigentes sindicais, lideranças comunitárias etc.
O ataque mais recente ocorreu no dia 16, quinta-feira, com a prisão do líder sem-terra José Rainha e mais dez ativistas da luta pela reforma agrária.
Ocupação pelas forças de repressão das comunidades operárias e das Universidades
Nos últimos dias, valendo-se de uma ampla manipulação de episódios policiais pelos reacionários monopólios da imprensa burguesa, a direita aprovou a presença da PM no campus da maior e mais importante universidade pública do País (como nos tempos da ditadura militar), quase dois anos depois, que estudantes expulsaram a Policia que havia invadido a Universidade, como parte da luta por suas reivindicações contra a destruição do ensino público levada adiante pelos governos reacionários que defendem os interesses dos tubarões do ensino privado.
Em todo o País segue a ocupação de morros, favelas e bairros operários que, sob o pretexto de conter o aumento da criminalidade, aumentam a repressão contra a população trabalhadora, fazem crescer todo tipo de arbitrariedades contra famílias indefesas, incluindo a tortura e o assassinato de mulheres, crianças e homens inocentes.
Só a luta operária e popular pode colocar a ditadura abaixo
Contra esta situação chamamos todos os trabalhadores e suas organizações a realizar uma grande luta para colocar fim a todas as medidas ditatoriais.
Somente esta luta pode por abaixo esta ditadura estabelecida para atender aos interesses da burguesia nacional e do imperialismo.

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