sábado, 9 de abril de 2011

A tragédia em Realengo: mais um alerta ao bullying


Todos ficamos chocados com a recente tragédia no Rio, onde um jovem de 23 anos fez uma verdadeira chacina em um colégio do Rio de Janeiro. Todos logo acusaram o assassino, no entanto tem que ser destacado que ele era mais uma vítima de Bullyng.

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

Em entrevista, um jovem que estudou com ele disse que ele era muito zoado pela turma, na entrevista ele afirma “Eu me lembro muito, o Wellington era o ‘bundão’ da turma, era um cara totalmente tranquilo, um bobão. Implicavam bastante com ele, zuavam ele de tudo o que é nome”, contou Bruno. Mas depois o jovem ressaltou: “Ele apesar de ser bundão, ele tinha um sorriso assustador”. E ainda completou “Não dá para acreditar que um garoto que era o bobo da sala se tornou um criminoso”.
Pois bem, ele se tornou! Não quero aqui justificar a morte de 12 crianças pelo Bullying, é certo que você passar dois anos sendo caçoados pelos colegas não justifica chegar ao ponto de matar pessoas, essas que nem sequer eram aqueles que zoavam, mas o Bullying influenciou para que ele cometesse o ato.
Ele já era zoado pelo jeito dele, talvez ele já tivesse problemas psíquicos e/ou sociais e o fato de ser zoado por isso pode o ter levado a aumentar seus problemas e consequentemente tramar a tragédia.

Destaco que essa não é a primeira tragédia como essa, em 28 de janeiro de 2003, em Taiúva, a 363 km de São Paulo, um ex-aluno de 18 anos entrou na escola e atirou contra os estudantes no momento do intervalo, atingindo sete pessoas. Depois, se suicidou. Segundo a polícia, o jovem era vítima de bullying escolar. Atingido na coluna, um estudante que tinha 18 anos, na época do crime, ficou paraplégico.
Nos EUA isso é muito freqüente devido a facilidade de obtenção de armas, quem não lembra do sul-coreano que matou 32 pessoas em uma Universidade nos EUA e logo depois suicidou-se, ele também era vitima de bullying.
Isso é um problema sério e precisa ser debatido nas escolas para que tragédias como essa não venha ocorrer mais. Como já afirmara nada justifica tirar a vida de uma pessoa, mas nunca sabemos quem são capazes de tais coisas pode ser até mesmo o “bobo” da sala.

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