segunda-feira, 25 de abril de 2011

Agricultores em mais um ato de resistência

Mais um ato de resistência de proprietários rurais iniciou-se às 4h quando os mesmos, interromperam as obras no Porto do Açu, de propriedade da companhia LLX, do empresário Eike Batista, (O mais rico do Brasil) nesta segunda-feira (25). De acordo com informações da Polícia Militar, cerca de cem manifestantes incendiaram pneus e conseguiram bloquear o principal acesso ao porto, em um prolongamento da estrada RJ-240. Bombeiros foram chamados ao local.

Os agricultores protestam contra as desapropriações de terra que serão feitas na região para a implantação de um corredor logístico que vai atender ao porto. Engraçado é que a manifestação é tratada pela mídia como algo ruim, como se a empresa fosse a vítima da história, no entanto ela, (a mídia) oculta que para a construção do complexo centenas de famílias estão sendo obrigadas a deixar suas terras por uma mísera indenização.




Destaca-se que essa não é uma luta individual, pois o povo busca ser ouvido e essas manifestações ocorrem devido a contradição inerente ao capitalismo, quanto mais o Governo investe num falso desenvolvimento, nota-se que aumenta as desigualdades e consequentemente as manifestações. Só lamento que nem todos pensam assim, acham que aquelas centenas de pessoas estão indo contra o desenvolvimento do país, acreditam que um complexo como este que está sendo construído no RJ trará grandes benefícios, pois estes estão sendo iludidos pela ótica do "emprego", sem pensar muitas vezes nas condições dos mesmos.

O que não se pode é ficar calado e estático assim como os agricultores que estão sendo desapropriados de suas terras para a concretização de um novo projeto de irrigação em Petrolina-PE( 0 Pontal) onde os camponeses estão sendo obrigados a deixar suas terras em favor do que o Governo chamam de desenvolvimento, porém é mais um ato de exclusão do povo provocado pelo Estado.
Devemos sim, apoiar toda luta contra a injustiça, pois um indivíduo não pode ser benefiado as custas da desocupação de centenas de agricultores, porém quando se é o contrário, ou seja, quando centenas de agricultores ocupam terras de um indivíduo que não cumpre a função social destas terras, todos nós os condenamos e os julgamos bandidos e baderneiros.

Afinal de que lado nós estamos? Da justiça? Ou da que nos passam como justiça?

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