quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O que a mídia não diz: Greve da UNIR (Universidade Federal de Rondônia)



Ultimamente a mídia tem tratado muito sobre a ocupação da USP pelos estudantes, colocam a ocupação da principal universidade do país como um movimento de baderneiros e de “maconheiros”, porém eles estão lutando pela liberdade de locomoção e manifestação, já que depois que os militares passaram a “proteger” a USP eles perderam esses direitos.
No entanto, a mídia nacional nada tem falado sobre a greve da UNIR que se estende desde o dia 14 de setembro de 2011, quando os professores e alunos, em assembleias de suas respectivas categorias, deliberaram pela greve exigindo condições de trabalho dignas e transparência quanto ao uso dos recursos vindos do MEC. Segundo os próprios estudantes da universidade basta apenas uma visita a qualquer campus da UNIR para comprovar que a Administração Superior abandonou os campi.
A greve teve o apoio também de vários professores e em momento algum houve depredação do patrimônio público por parte dos alunos. No dia 21 de outubro, o professor de História, Valdir Aparecido de Souza, foi preso injustamente pela Polícia Federal. Passou a noite no presídio e no dia seguinte foi posto em liberdade provisória. A negociação pela verdade foi absurda. Também foi preso alguns estudantes que panfletavam divulgando as reivindicações.
 No dia 28 de outubro de 2011, foi realizado o laudo de vistoria técnica dos bombeiros.  A vistoria foi feita por amostragem e avaliou as condições das instalações elétricas, físicas e proteção contra incêndio e pânico. No dia 03 de novembro, aconteceu uma coletiva de imprensa no Comando Geral do Corpo de Bombeiros. Afirmaram que antes de interditar o campus, pretendem negociar com a Reitoria. Assinarão um TAC com a Reitoria e estipularão prazos para que as melhorias necessárias sejam feitas em caráter de urgência.
O fato é que até hoje, a UNIR continua em greve isso mostra a incompetência ou falta de vontade mesmo do estado em resolver os nossos problemas educacionais, a mídia como instrumento do capitalismo, colocam todas essas reivindicações como atos de vândalos e baderneiros, não mostram o quanto os estudantes da USP sofriam com a falta de liberdade, nem muito menos os da UNIR são prejudicados com uma universidade em péssimo estado.
A Luta deles e todos nós que repelimos todas as injustiças, é por um Brasil e um mundo que ainda não existe. Onde o social verdadeiramente esteja acima do capital, e que todos possam ter acesso a saúde e educação de qualidade. A mídia não diz isso porque eles estão a serviço do capital e são comandadas por grandes capitalistas, porém nós temos que analisar sempre os dois lados, analisar os fatos em sua totalidade, em 360º (graus).

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