quinta-feira, 3 de novembro de 2011

IDH do Brasil cresceu; A qualidade de vida da população: nem tanto

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil avançou de 0,715 em 2010 para 0,718 em 2011, e fez o país subir uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) deste ano. Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo dos países de alto desenvolvimento humano. O documento foi lançado esta quarta-feira (02/10) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Copenhague, na Dinamarca.
O IDH é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH mascara a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a população no nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.
Com a introdução do IDHAD, o IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento humano “potencial” e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A “perda” no desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela diferença entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual.
O IDH do Brasil para 2011 é 0,718. No entanto, quando é descontada a desigualdade do valor, o IDH cai para 0,519, uma perda de 27,7% devido à desigualdade na distribuição dos índices de dimensão. O IDHAD, que vem complementar a leitura feita pelo IDH, mostra que o cidadão brasileiro médio teria quase 30% de risco de não conseguir alcançar o desenvolvimento humano potencial que o país tem para lhe oferecer em função dos obstáculos que as desigualdades podem lhe impor.
Nesta área, o Brasil se insere em um contexto semelhante ao da América Latina, onde a desigualdade – em especial de renda – faz parte de um passivo histórico que ainda representa um grande obstáculo para o desenvolvimento humano. Mas o relatório elogia os esforços e avanços da região na tentativa de reduzir estes números, e faz menção às conquistas de Argentina, Brasil, Honduras, México e Peru. O Relatório atribui os avanços, em parte, à melhor cobertura na educação básica e aos programas de transferência de renda.
(O texto acima foi retirado do site oficial da ONU-Brasil)

É por isso, que nem sempre podemos ater somente aos números, segundo o IDH o Brasil é considerado um país desenvolvido, porém quando olhamos para o país notamos que esses números não refletem na sociedade.
A nossa educação está muito defasada, pois houve aumento da escolarização, mas a qualidade das escolas públicas e muitas privadas estão bem abaixo dos países desenvolvidos, o SUS não funciona como deveria e nem todos têm acesso a prevenção e cuidado da saúde, além de termos uma alta concentração de renda e terra.
Nós só poderemos considerar o país desenvolvido quando percebermos que a educação chegar a qualidade necessária, quando todos tiverem acesso ao cuidado e prevenção de doenças e quando for resolvido o problema de concentração de renda e fundiária, do contrário esses números continuarão sendo apenas números.

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