Sabemos que a preservação ambiental é um tema que “está na
moda”, ela é divulgada pelos meios midiáticos e está presente no discurso do
Estado, no entanto esses meios tratam o “homem” como causador e/ou acelerador
dos problemas ambientais.
No entanto o problema vai muito
além disso, não podemos pôr a culpa no humano em si, pois o problema é
estrutural, diferentemente do que é divulgado não há como haver desenvolvimento
sustentável dentro do sistema o qual somo regidos, pois preservação ambiental e
crescimento econômico são contraditórias.
Recentemente, o mundo passou a
contar com cerca de 7 bilhões de pessoas e a partir de então ressurgiu diversas
dúvidas, como por exemplo, até quando a terra produzirá suficientemente para
todos os habitantes do planeta? Sabemos que atualmente alimentos não faltam, na
verdade faltam-se meios que permitam o acesso a toda população a ter o que
comer.
Para se
ter uma ideia, o Brasil joga na lata do lixo o equivalente a R$ 12 bilhões em
alimentos por ano. Essa montanha de comida daria para alimentar cerca de 30
milhões de pessoas, ou 8 milhões de famílias durante um ano inteiro.
Esse cálculo foi feito pela
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. E segundo estimativas da Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, a FAO, 10% dos brasileiros
são desnutridos. Somam 17 milhões de pessoas que vivem com fome ou não comem o
suficiente para manter a saúde. Dentro desse contingente, há mais de cinco
milhões de crianças e idosos, os que mais sofrem com a desnutrição.
Esses números comprovam que alimentos se têm em fartura. Destaca-se ainda que além do desperdício doméstico, existe ainda o desperdício nos setores de produção e comercialização o que aumentaria ainda mais esses números.
Esses números comprovam que alimentos se têm em fartura. Destaca-se ainda que além do desperdício doméstico, existe ainda o desperdício nos setores de produção e comercialização o que aumentaria ainda mais esses números.
Destaca-se que os grandes responsáveis
por esse número são na verdade os grandes latifundiários. Pois além da produção
em extensas áreas de produtos que visam à industrialização e a produção de biocombustíveis,
muitos alimentos são desperdiçados diariamente por que não atingem o padrão
necessário à exportação.
Por outro lado, o camponês
trabalha para seu auto sustento, sendo assim aproveita tudo que é produzido,
grande parte fica em suas casas enquanto o pouco que sobra é vendido para
obtenção de outros produtos necessário à família.
Portanto, o problemas ambientais
que presenciamos é culpa do sistema econômico a qual somos regidos, pois ele
visa apenas o capital e ignora todos os problemas ambientais que a industrialização
e o crescimento econômico reflete na natureza.
Quando o estado e a mídia (que
também estão a serviço do capital) dizem que estão preocupados com o meio
ambiente é apenas uma farsa, pois a única preocupação deles é com o econômico,
eles sabem o quanto eles afetam o meio ambiente e consequentemente sabem que é
necessário garantir reservas naturais para que futuramente possam utilizá-las
para seu interesse econômico.
Neste sentido, devemos notar que
apenas uma verdadeira reforma agrária pode resolver de verdade os problemas
ambientais e econômicos de nosso país e do mundo, pois ninguém melhor do que o
camponês para cuidar do meio em que vive, pois aquele que tem a terra como seu
meio de produção e de seu auto sustento sabe o quanto ela é importante, e
consequentemente a utiliza verdadeiramente de forma sustentável.
Dos melhores textos que já li acerca do tema!! Sucinto mas muito bem explicado! De fácil interpretação.
ResponderExcluirAbrange diversas questões que estão intimamente interligadas e que são indispensáveis de se ter em conta para resolver alguns dos mais relevantes problemas do mundo.