O Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) do Brasil avançou de 0,715 em 2010 para 0,718 em 2011, e fez o país subir
uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano
(RDH) deste
ano. Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo
dos países de alto desenvolvimento humano. O documento foi lançado esta quarta-feira (02/10) pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Copenhague, na Dinamarca.
O IDH é uma medida média das conquistas
de desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH
mascara a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a
população no nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade
(IDHAD), que leva em consideração a desigualdade em todas as três dimensões do
IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de
desigualdade.
Com a introdução do IDHAD, o
IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento humano “potencial”
e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A “perda” no
desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela diferença
entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual.
O IDH do Brasil para 2011 é 0,718. No
entanto, quando é descontada a desigualdade do valor, o IDH cai para 0,519, uma perda de 27,7% devido à desigualdade na
distribuição dos índices de dimensão. O IDHAD, que vem complementar a leitura
feita pelo IDH, mostra que o cidadão brasileiro médio teria quase 30% de risco
de não conseguir alcançar o desenvolvimento humano potencial que o país tem
para lhe oferecer em função dos obstáculos que as desigualdades podem lhe
impor.
Nesta área, o Brasil se
insere em um contexto semelhante ao da América Latina, onde a desigualdade – em
especial de renda – faz parte de um passivo histórico que ainda representa um
grande obstáculo para o desenvolvimento humano. Mas o relatório elogia os
esforços e avanços da região na tentativa de reduzir estes números, e faz
menção às conquistas de Argentina, Brasil, Honduras, México e Peru. O Relatório
atribui os avanços, em parte, à melhor cobertura na educação básica e aos
programas de transferência de renda.
(O texto acima foi retirado do site
oficial da ONU-Brasil)
É por isso, que nem sempre podemos ater
somente aos números, segundo o IDH o Brasil é considerado um país desenvolvido,
porém quando olhamos para o país notamos que esses números não refletem na
sociedade.
A nossa educação está muito defasada,
pois houve aumento da escolarização, mas a qualidade das escolas públicas e
muitas privadas estão bem abaixo dos países desenvolvidos, o SUS não funciona
como deveria e nem todos têm acesso a prevenção e cuidado da saúde, além de
termos uma alta concentração de renda e terra.
Nós só poderemos considerar o país
desenvolvido quando percebermos que a educação chegar a qualidade necessária,
quando todos tiverem acesso ao cuidado e prevenção de doenças e quando for
resolvido o problema de concentração de renda e fundiária, do contrário esses
números continuarão sendo apenas números.
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